Em dezembro de 2019 foi detectada, na China, uma nova doença, originária da ação de um novo vírus, resultante da mutação de uma espécie silvestre. Este novo vírus, chamado de "o novo coronavírus", encontrou na população mundial globalizada e conectada um ambiente propício para infecção. Hoje, 29 de março de 2020, existem comprovadamente no mundo, mais de 710 mil pessoas infectadas, os mortos estão em cerca de 33 mil (https://coronavirus.jhu.edu/map.html). Esta pandemia é a maior ameaça à humanidade desde a gripe espanhola de 1918, que causou cerca de 50 milhões de mortes. A mutação de vírus silvestres para seres humanos não é algo incomum. Na atual situação de diminuição dos habitats naturais, causada pelo aumento das atividades antrópicas, estes vírus tem cada vez mais chances de migrar para humanos. Isto já é previsto por virologistas, infectologistas e epidemiologistas. Um livro recomendado é "A história da humanidade contada pelos vírus", onde o autor, Stefan Cunha Ujvari, conta nossa relação com estes seres ao longo do tempo, muitíssimo interessante!
As consequências desta pandemia são incalculáveis. Estamos no começo da primeira onda. Muitos países, como o Brasil, encontram-se no começo da curva, que inicia-se em uma exponencial. As cenas que chegam de países como Itália e Espanha são chocantes. A doença infecta grande número de pessoas, uma pequena porcentagem destes infectados necessitam de tratamento em UTIs. Uma pequena porcentagem de um grande número de infectados é um número grande! Se há mais pacientes do que vagas de UTIs, isto configura o colapso do sistema de saúde.
As consequências desta pandemia são incalculáveis. Estamos no começo da primeira onda. Muitos países, como o Brasil, encontram-se no começo da curva, que inicia-se em uma exponencial. As cenas que chegam de países como Itália e Espanha são chocantes. A doença infecta grande número de pessoas, uma pequena porcentagem destes infectados necessitam de tratamento em UTIs. Uma pequena porcentagem de um grande número de infectados é um número grande! Se há mais pacientes do que vagas de UTIs, isto configura o colapso do sistema de saúde.
“No final de abril sistema entra em colapso.
O colapso é quando você pode ter o dinheiro,
o plano de saúde,
a ordem judicial,
mas não há o sistema para entrar”,
A inaptidão dos governos em lidar com a pandemia é uma demonstração do seu compromisso com a sociedade de consumo, que depende dos trabalhadores para gerar riqueza (e produzir lixo, vivemos num paradigma de economia linear). Já para preservar vidas a melhor técnica é o isolamento social, que implica numa diminuição das atividades econômicas, diminuição da riqueza dos capitalistas. A crise se alonga. . . Os donos das riqueza se recusam a compartilhar com os que necessitam mais. Ah, as riquezas das classes "dominantes" foram geradas pelos da base da pirâmide! É uma completa distopia.
A pandemia vai passar, é o que sabemos. Pessoas estão morrendo e outras vão morrer. Isto é trágico! Vidas podem ser poupadas, mas depende do quanto a atividade econômica será reduzida. O ideal seria as regiões infectadas ficarem em quarentena. Mas, no Brasil, não se tem ideia de onde circula o vírus! Tudo isso é uma demonstração de como o atual modelo de sociedade globalizada é incompatível com a vida do planeta. Resumindo, para frear pandemia e outras contas a serem pagas, como a crise climática, é necessário tirar o capitalismo da tomada. . . . No momento em que escrevo estamos no início de grandes perturbações. Ninguém sabe como isso vai terminar. Fato é que a humanidade não deveria perder essa oportunidade de mudar, para outro patamar. 🙏
Graffiti em Hong Kong: "Não podemos voltar ao normal, porque o que era normal era exatamente o problema.”. Twitter.